NÃO SE DEIXE MANIPULAR PELOS OUTROS Só escravos e prisioneiros é que têm de pedir permissão.

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NÃO SE DEIXE MANIPULAR PELOS OUTROS

Não se deixe manipular pelos outros
Dr. Wayne W. Dyer
Editora Nova Era / 278 páginas

Uma seleção das melhores frases feita por Tom R. especialmente para o blog MAIS DE MIL FRASES DE EFEITO.
Se reproduzir este texto em algum outro veículo de comunicação, preserve os créditos acima.


Fracassar ou ter sucesso num dado dia não constitui indicador de seu próprio valor ou de sua felicidade como pessoa.

Suas expectativas sobre como se comportará na estrutura social determinarão em grande parte o que será sua vida. Pense rico, se dinheiro é o que quer. Comece a imaginar-se como indivíduo bem falante, ou o que quer que queira ser.

A máxima de educação que faz o maior sentido é a seguinte:
Escuto: Esqueço
Vejo: Lembro
Faço: Compreendo

Gosto da idéia de fingir coragem.

Recuso-me a ser intimidado pelos estratagemas do poder e, em especial, pelo uso de títulos.

Você talvez transmita inconscientemente sinais de vítima, de modo que tem que vigiar seu perfil, neste particular. (...) Começa pedindo desculpas por tomar o tempo da pessoa – silenciosamente lhes dizendo que o tempo delas é mais valioso do que o seu? Pergunte a si mesmo por que o tempo de alguém deve valer mais do que o seu. Não deve, a menos que essa pessoa valha mais – e, claro, isto é você quem decide.

Vejamos abaixo algumas estratégias que o ajudarão a tratar com os demais a partir de posições de força e confiança, em típicas “situações de vítima” que todos os seres humanos enfrentam.
A partir deste momento, faça um esforço para deixar de pedir automaticamente permissão a alguém para falar, pensar ou conduzir-se. Elimine a súplica e substitua-a por uma declaração. Em vez de “Você se importaria se eu lhe fizesse uma pergunta?” use “Eu gostaria de saber se...”
No lugar de “O senhor se importaria muito se eu trouxesse a mercadoria de volta e recebesse meu dinheiro?” diga “Estou trazendo isso de volta porque não fiquei satisfeito”.
Substitua “Tudo bem, querida, se eu sair por uma hora?” por “Vou sair, querida. Precisa de alguma coisa?”
Só escravos e prisioneiros é que têm de pedir permissão.
Fite diretamente os olhos da pessoa com quem falar. Quando olha para baixo ou para os lados, você envia sinais de que não tem confiança em si mesmo e se coloca numa excelente situação para ser vitimado. Encadeando diretamente seus olhos com os da pessoa que se encontra a sua frente, mesmo que esteja nervoso, você despacha a mensagem de que não tem medo de lidar com ela.

Se teme que os amigos o odeiem simplesmente porque exerceu seu direito de não fazer uma coisa que o deixaria infeliz, pergunte a si mesmo: “Será que quero mesmo amigos que me rejeitam por eu ser eu mesmo?”

Trate pelo primeiro nome as pessoas a quem está acostumado a conferir títulos. (...) Se fica apreensivo, teme ou mesmo não pode fazer isso, examine-se com cuidado e pergunte-se por que se sente tão embaraçado em fazer algo tão simples como tratar um ser humano pelo nome. Vença o medo e faça isso assim mesmo. Provavelmente sentir-se-á muito bem com sua recém-encontrada confiança e é quase certo que não acontecerão os desastres que imaginou.

Se você é não-fumante e não consegue suportar a fumaça, reúna coragem para dizer alguma coisa quando outra pessoa o incomodar. Você não tem que ser grosseiro; fale simplesmente a partir de uma posição de força: “Eu ficaria muito grato se você não fumasse agora”. Você não está pedindo permissão ao fumante para lhe pedir que não fume; está dizendo o que gostaria que ele fizesse. Se ele se recusar, o que em algumas situações tem o direito de fazer, você pode exercer sua opção de levantar-se e ir embora. Mas jamais deve simplesmente continuar em seu lugar, queimando de raiva. Qual é a pior coisa que poderia acontecer? O fumante poderia continuar a fumar, o que, aliás, já está fazendo.

A tática de recusar-se a falar com pessoas que não querem ouvir o que você dizendo claramente e se afastar por uma pequena distância, é muito eficaz. Quando o seguirem com desculpas, diga-lhes simplesmente que não vai perder tempo com pessoas que se recusam a atender seus desejos.
Ouvindo-o e, em seguida, sugerindo exatamente o oposto do que você disse é uma das melhores armas dos vitimadores. Mas você não tem que agüentá-la e afastar-se é a maneira mais eficaz de ensinar a alguém, através de seu comportamento, em vez de continuar com trocas verbais sem sentido.

Quando pleitear ou for entrevistado para um cargo, nunca diga coisas como “Não tenho realmente certeza de que posso dar conta disso” ou “Nunca tive treinamento para isso mas acho que posso aprender”. Muito melhor é dizer a si mesmo, e à pessoa com quem está falando, que pode aprender qualquer coisa porque já se submeteu a teste em tantas situações diferentes que sabe que tem flexibilidade para dar conta do trabalho. Seja entusiástico a respeito de si mesmo e de suas qualificações e não hesite em dizer a seu entrevistador que é uma pessoa que aprende rapidamente.

Logo que o adversário percebe que você considera o encontro como crucial para sua vida e, por conseguinte, perturbador, você pode ser levado a dizer coisas que não quer e mesmo a comportar-se irracionalmente.

Seja firme ao pedir explicações de cobranças que julga injustificadas. No restaurante, se o garçom cobrar demais, fale com a gerência e não dê gorjeta ao garçom, se achar que o que ele fez não foi 100% acidental. (Garçons pedem sempre grandes desculpas e alegam que a cobrança a mais foi um engano) . E você pode simplesmente recusar-se a premiar a incompetência ou tentativas de depená-lo.
Você pode trabalhar para minimizar a mordida que o Leão lhe dá, votar em políticos que defendam impostos mais baixos, ou o que mais for, mas perturbar-se com impostos constitui simplesmente uma inutilidade.

Quando alguém falar que você devia ter feito algo diferente no passado, responda:
“Se você puder me arranjar uma passagem de ida e volta para o tempo de que está falando, terei prazer em fazer o que diz que eu devia ter feito. Mas se não puder...”

Num mundo de indivíduos, a comparação é uma atividade sem sentido.

Ninguém é nem mesmo remotamente parecido com você em termos de sentimentos íntimos, pensamentos, desejos. Se aceitar essa idéia, vai também se perguntar seriamente por que deveria usar o exemplo de alguém como motivo para fazer ou deixar de fazer alguma coisa.

Utilizamos instrumentos padronizados afim de medir tudo nas pessoas, na busca da sagrada “média”.

Frederick Crane: A mediocridade encontra segurança na padronização.

Se está questionando sua conta, ouvirá tudo a respeito da senhora que teve de pagar duas vezes mais, de modo que você deve sentir-se um felizardo por escapar por tão pouco. Se não consegue um bom lugar na boate, vem logo à balia a senhora que teve que sentar-se num canto junto ao toalete – mas ela, ainda assim, apreciou muito o espetáculo. Se suas mercadorias sofrem um atraso de duas semanas, existe a senhora que esperou 4 meses.
Pessoas puxam a “pobre senhora” de suas bolsas de vitimadores em todas as ocasiões em que querem que você se sinta culpado por exigir ser tratado com respeito. Cuidado com ela, porque, quando a vir sendo tirada para fora, vão dar-lhe uma dose de pílulas de vítima, a serem engolidas com o acompanhamento de uma história inventada.

Emerson: Todo indivíduo tem sua própria beleza... e cada mente tem seu próprio método... Um homem autêntico jamais age de acordo com regras.

Vejamos alguns tipos de técnicas que você terá de manter em mente quando tratar com pessoas que tentem usar comparações com terceiros para evitar que alcance seus objetivos, ou para manipulá-lo e levá-lo a fazer o que elas querem.
Tente interromper as pessoas no momento em que elas iniciarem comparações para usar contra você. Diga simplesmente: “Espere um minuto. Você está usando exemplos de outras pessoas como motivos por que eu devo ser assim ou assado, mas eu não sou nenhuma dessas pessoas”.
Lembre-se, eles só fazem isso porque funciona. Quando não funciona mais, eles param.

“Se vai continuar a me dizer para eu ser uma manequim como a prima Liz, vou-lhe dizer que você devia ser tão generoso como o tio Harry”. Não passará muito tempo para o vitimador descobrir que você está muito bem escolado nesse jogo.

“A mediocridade viceja na padronização”. Esses aforismos vigorosos, que você mesmo pode inventar, são excelentes armas para desarmar a outra pessoa, descarrilhar o trem do pensamento delas e colocá-lo no comando da discussão.

Pare de pedir aos filhos que sejam iguais aos irmãos e irmãs e trate-os como pessoas excepcionais. Ponha um ponto final nas referências a outras pessoas.

Albert Einstein: Grandes espíritos sempre enfrentaram violenta oposição de mentes medíocres.

Se quer atingir sua própria grandeza, escalar suas próprias montanhas, tem que usar a si mesmo como primeiro e último consultor.

As massas sempre o compararão com outras pessoas, pois essa é a arma que usam para manipular e exigir conformidade.

Ser silenciosamente eficiente implica que você não terá de contar a ninguém suas vitórias (...) Você se tornará uma vítima se PRECISAR informar aos demais antes de poder sentir-se satisfeito. (...) Se eles, por qualquer motivo, recusarem reconhecer seu valor ou sucesso, você desmoronará.
Não tem de esfregar suas vitórias no rosto de seu semelhante. Se tentar fazer isso, descobrirá que os outros se vingam, tentando frustrá-lo de uma ou outra maneira. A chave mais importante para ser silenciosamente eficiente reside na maneira como você se sente a respeito de si mesmo. Se tiver autoconfiança, agradar a si mesmo será suficiente. (...) Se carecer de auto-estima, porém, terá que buscar nos demais a confirmação de sua auto-estima e é aí que se meterá numa enrascada.

Me livro da armadilha de sentir necessidade de contar minhas vitórias aos outros, mantendo-as para mim mesmo e evito comportamento garganteador do tipo “olho só para mim”.

Aprenda a ignorar coisas. Não pense que tem que protestar em voz alta contra atitudes e comportamentos de pessoas, que pode achar irritantes mas que não o estão prejudicando. Simplesmente encolha os ombros e esqueça isso.

Ofender-se é uma opção vitimadora. Você nunca mais precisa se sentir ofendido, seja por esnobações dirigidas a você ou por coisas no mundo que pode ter-se acostumado a considerar “ofensivas”. Se não aprova o comportamento ou a linguagem de uma pessoa, ignore-a, especialmente se não têm nada a ver com você. Ao sentir-se ofendido e perturbado e dizer coisas como “Como é que ele ousa dizer isso!”, “Ele não tem o direito de me incomodar assim!” ou “Fico ofendido quando vejo esses tipos excêntricos”, você está se vitimando com a conduta dos demais, o que equivale a ter seus cordões emocionais puxados pelas próprias pessoas com quem antipatiza. Enfrente a coisa com um encolher de ombros, ignore-a, olhe para o outro lado, pergunte a si mesmo se isso é na realidade tão ruim assim ou, se quer mudar a coisa, vá em frente e mude. Mas não escolha a situação de vítima, de sentir-se ofendido e incomodado.

Mentir nem sempre é imoral?
Você é vitimado pela atitude de dizer sempre a verdade, custe o que custar?
(...) Se, por exemplo, você estivesse prestes a ser executado pelos nazistas, a menos que pudesse convencê-los de que não era judeu, e fosse mesmo judeu, você dificilmente diria a verdade. Em casos extremos como esse, todos concordam em que você não deve a seus inimigos qualquer fidelidade à verdade. Na verdade, é considerado comportamento eficiente enganá-los de todas as maneiras possíveis. De modo que você não é contra mentir em todas as circunstâncias, mas provavelmente define em limites muitos estreitos as circunstâncias em que julga ético mentir. Se é assim, o que você realmente precisa fazer é pensar um pouco mais em definir seus motivos para mentir. É sensato evitar mentir, quando sabe que a verdade será prejudicial a outrem? São seus princípios (ou políticas) mais importantes do que as pessoas às quais afetará contando a verdade?

Suponhamos que você tem informações a respeito de si mesmo que, acredita, tem o direito de manter privadas. Elas simplesmente não são da conta de ninguém. Aí aparece alguém lhe pedindo que revele essas informações, achando ter o direito de invadir sua privacidade. Essa pessoa quer que você pense que constitui uma espécie de mentira “recusar” informações que você acha que tem o direito de manter privadas. Quer que você se sinta culpado por “não poder” revelar as informações. Mas você tem, realmente, qualquer responsabilidade de dizer a ele? Claro que não. E estará você mentindo quando diz: “Acontece que isso não é da sua conta”.

Evidentemente, não defendo a mentira indiscriminada. Mas se, ao dizer a verdade, você acaba como vítima por revelar informações a seu respeito que, por suas próprias definições, devem ser mantidas privadas, então você está se comportando de maneira autodestrutiva e talvez seja bom reexaminar suas atitudes. Além do mais, se mentir é a única ou melhor tática que puder usar para escapar de uma armadilha de vítima, não receie usá-la.

O ABSURDO DE TER QUE PROVAR SEU VALOR.
Ter que provar seu valor significa ser controlado a quem tem que mostrar a prova.
(...) Ter que se provar a alguém vai vitimá-lo um bocado na vida. Ficará perturbado quando não o notarem o suficiente ou o desaprovarem ou, mais vitimador ainda, não o compreenderem.

Você já parou para pensar em como é tolo provar-se a um estranho completo e gastar seu tempo tentando convencê-lo da correção de sua posição? Isso geralmente acontece porque você está tentando convencer a si mesmo e usa o ouvinte como espelho.

No casamento, ou na família, numerosas pessoas não se sentem livres, principalmente porque vivem na expectativa constante de ter que provar seu valor ou porque temem não serem compreendidas o tempo todo. Removam-se esses dois aspectos e a maioria dos casamentos que terminaria em divórcio poderia ser rejuvenescida.
A amizade, por outro lado, dessas que duram a vida inteira, é um relacionamento em que nenhuma das duas partes tem que se provar. O amigo não alimenta expectativas, exceto que você seja você mesmo e a honestidade é a pedra de toda a ligação. Em todas as ocasiões em que converso com grupos de pais, sugiro que examinem com atenção suas amizades e que comecem a tratar os filhos e os outros membros da família como fazem com os amigos. Se um amigo derramasse um copo de leite na mesa, por exemplo, você provavelmente diria: “Tudo bem. Deixe que eu o ajude a limpar isso”. Mas, a seu filho, talvez você diga: “Seu estúpido, veja o que fez! Por que tem de ser sempre tão desastrado?” Seja como um amigo para seu cônjuge, seus filhos, e os demais membros da família.

Emerson: O amigo é a pessoa com quem você pode ser sincero. Na presença dele, posso pensar em voz alta.

A maneira mais simples, e em geral a mais sensata, de tratar com pessoas rabugentas que não estão dispostas a mudar é permanecer longe delas.
(...) Você pode sem dúvida oferecer consolo aos cronicamente infelizes, mas, à parte isso, particularmente quando sua generosidade é repetidamente repelida, sua obrigação consigo mesmo é evitar estar com pessoas que podem bem arrastá-lo para a infelicidade delas.
(...) Fazendo companhia a essa gente azeda e irritando-se, você as ensina a manter o mesmo tipo de comportamento. Você fará um favor a ambos ignorando essas pessoas.
(...) Não só elas aprenderão a deixar de se queixar, e farão alguma coisa produtiva, como você poderá usar seu tempo presente de forma mais útil.
Essas pessoas, contra cujo debilitante tipo de melancolia você tem que se acautelar, passam a vida prevendo desastres e procurando defeitos. Raramente têm alguma coisa agradável a dizer e esperam o pior, em vez de encenar o futuro com satisfação ou otimismo. Sentem-se arrasadas e, com suas histórias de sofrimentos, combatem todos seus esforços para ser agradável.
(...) Você será o maior tolo do mundo se conviver com essa gente, seja aparentado com elas ou não, porque tudo o que pode esperar são suas histórias intermináveis sobre calamidades: esse assalto aqui, aquela morte acolá, o acidente que aconteceu ontem mesmo, meus gases intestinais, minha ciática, este tempo horroroso, o frio inverno, os políticos desonestos, essa economia nojenta – e assim por diante.
Virtualmente todo esse comportamento persiste porque foi tolerado e reforçado por tolos durante anos. Você, porém, não tem que ser um desses tolos.

Diga simplesmente que não vai tolerar intermináveis reclamações e queixas. Mostre-se bondoso, mas, se os queixumes continuarem, vá embora e diga francamente o motivo. Você gosta da vida e não está interessado em que o metam numa fossa.

A melhor maneira de queixosos crônicos acabarem com o sofrimento é se envolverem em projetos que os interessem e aos quais possam se entregar de corpo inteiro. Procure ajudá-los, mas se seus oferecimentos honestos de ajuda forem rejeitados, recuse-se a sentir-se culpado e a escutar as desculpas sobre porque as “vítimas” não podem fazer isto ou aquilo.

Seja um “adversário voluntário”, mas não vítima de uma vítima. Quando essa gente melancólica descobre que você não quer realmente sofrer com elas, geralmente param de tentar vitimá-lo e, ironicamente, a melancolia delas começa a desaparecer também.

Frases comumente usadas para vitimar pessoas, alegando incompreensão:
“Não posso acreditar que você vá fazer isso agora quando...” Esse tipo de estratagema pode impedi-lo de dar sua corridinha, ler, tirar um cochilo, ou fazer o que queira, devido a uma programação que o vitimador preparou ou está preparando. (...) O vitimador fica confuso ou magoado se você faz o que quer – o que constitui o jogo de vitimação.
“Você nunca diz o que está pensando”. Isso pode ser uma tentativa para conseguir que você se revele e abandone sua necessidade “neurótica” de privacidade. Logo que contar o que está pensando, a outra pessoa pode saltar sobre você, insistindo que você não tem o direito de pensar dessa maneira.

Quando pessoas lhe disserem que não o entendem, experimente um encolher de ombros, um sorriso, e as famosas palavras de Emerson: “Ser grande é ser incompreendido”.

Pratique ignorar exigências, de estranhos totais, para que você se torne mais claro. Diga a si mesmo que é muito improvável que estranhos jamais o compreendam e sinta-se à vontade para continuar a ser incompreendido sem se sentir culpado ou fracassado como pessoa. Você pode perfeitamente desligar de sua consciência os ataques verbais de estranhos. Faça isso exatamente da mesma maneira que desliga um rádio que não quer ouvir.

Pratique ser silenciosamente eficiente ao adiar o anúncio de seus sucessos. Estabeleça a si mesmo uma demora de uma, duas, ou três horas e, em seguida, pergunte-se se ainda tem que contar a alguém. Isso é particularmente útil no trato de notícias que farão com que você pareça superior à pessoa a quem informa.
O sistema de retardo funciona porque, depois de esperar várias horas, ou mesmo dias, você não sente mais a necessidade de mostrar-se como vencedor e, logo que a notícia for divulgada (se for), você parecerá aquilo em que está se transformando – uma pessoa que aceita calma e modestamente seus êxitos.

Quando estiver na companhia de pessoas mal-educadas, que acha que abusam de você com suas histórias, fanfarronadas ou agressivas, experimente pedir licença e ir embora.
(...) Vai sentir-se melhor não só por ter exercido algum controle, mas porque ensinou também seus incômodos companheiros a deixarem de usar suas táticas, pois o que conseguiram foi que você se afastasse, sem dar explicação alguma.

Quando achar que alguém está querendo que você compartilhe do sofrimento dele, diga: “Acho que seu sofrimento está querendo companhia”. Uma frase como essa, pronunciada sem hostilidade, demonstrará ao seu vitimador potencial que você conhece esses jogos e exige respeito a sua inteligência.

Mostre às pessoas, com seu comportamento, que insistirá em seu direito à privacidade. Não passe horas infindáveis exigindo ser deixado em paz. Simplesmente reserve para si mesmo o tempo que quer. Faça isso suave mas firmemente, mas FAÇA. Dê um passeio, tire um cochilo, leia no quarto, faça o que quiser, e não se deixe enganar e renunciar a sua privacidade porque alguém não o compreende ou chama-o de recluso.

Se for chamado de anomalia, esquisitão, eremita, rebelde e mostrar que os rótulos não o incomodam, a rotulação tornasse inútil e acaba por cessar.

Use frases como “Foi você mesmo quem se ofendeu” ou “Você é quem está ofendendo a si mesmo”. Estes são os tipos de declarações que o impedem de sentir-se culpado e que colocam a responsabilidade de alguém sentir-se ofendido onde ela deve estar, isto é, com a pessoa que resolveu se magoar ou se ofender.

Você é tratado da maneira como ensina as pessoas a tratá-lo.

Você ensina aos demais como tratá-lo na base do que tolera.
(...) Se simplesmente aceita os puxões, ou protesta apenas debilmente e continua a ser controlado, você lhes ensina a continuar a usá-lo como vítima.

A terapia deveria ser uma experiência que ensinasse novos tipos de comportamento e desencorajasse conversas sem sentido. Se conta a qualquer pessoa como se sente mal e essa pessoa nada mais lhe oferece que um bocado de empatia e apoio, você se transforma numa dupla vítima. Sofre, por um lado, nas mãos dos vitimadores desse mundo e, por outro, nas mãos da pessoa a quem paga para sentir pena de suas tribulações.

Pode deixar que o filho mais novo fique emburrado, ensinando a ele que você não vai ser manipulado por medo de ficar embaraçado.

Ibsen: Mil palavras não deixarão uma impressão tão profunda como um único ato.

Um encolher de ombros e um seco “E daí?” ensinarão ao “dedo-duro” que você não se sente intimidado. Lembre-se que ameaças podem ser úteis a essas pessoas, mas que a delação real é quase sempre inútil.

De modo geral, você faz trabalhos humildes apenas porque acostumou os demais à idéia de que se encarregará deles sem queixa.

Peter Cohen: E é nesta situação que se encontra a sociedade americana: fala de competição como se nunca tivesse ouvido a palavra cooperação. Recusa-se a compreender que pressão demais não move pessoas, mata-as.

Se seu valor como ser humano depende de fazer as coisas bem, estar por cima, superar os demais, o que você fará quando cessarem os aplausos e você não estiver mais no alto? Desmoronará, porque não terá mais motivo para sentir que tem valor.

A competição é uma das maiores causas de suicídio neste país (EUA). Suas principais vítimas são pessoas que sempre se julgaram valiosas porque estavam deixando os outros para trás. Quando fracassaram nisso, perderam todo senso de valor próprio e chegaram à conclusão de que não tinham mais razão para levar uma vida de sofrimento.

Crianças se matando, achando que sua vida não merece ser vivida, muitas delas por aceitarem que têm de fazer as coisas melhor do que outras pessoas para valerem alguma coisa. Pressões para entrar na Pequena Liga de Beisebol, conseguir notas máximas, atingir o objetivo dos pais e agradar a todos.

Pessoas que vivem plenamente não estão interessadas em fazer coisas melhor do que outras. Procuram dentro de si seus objetivos na vida e sabem que a concorrência reduzirá ainda mais seus esforços para atingir aquilo que realmente desejam.

Nas escolas, se estudantes concorrem por umas poucas notas máximas, distribuídas escassamente por alguns mestres ou professores irracionais, o resultado total é um grande desperdício. Os alunos tornam-se paranóicos, começam a colar, a mentir, e fazem qualquer coisa para conseguir os primeiros lugares. Salas de aula cooperativas, por outro lado, geram crianças sadias, que querem compartilhar suas alegrias, em vez de guardá-las todas para si mesmas.

A insônia, a impotência e as crises de depressão estão assumindo proporções astronômicas (...) Esses fatos são produtos diretos de uma cultura que institucionaliza a competição.

Ele foi alimentado numa dieta de competição, que o levara perigosamente perto do suicídio, quer cometendo diretamente – com comprimidos, uma arma, outro meio qualquer – quer indiretamente, com um estilo de vida que era um desafio à morte.
(...) Observei-lhe que estava se matando por colocar o sucesso no mundo empresarial acima de tudo mais, incluindo sua própria vida.

É realmente espantoso quantos americanos aparentemente acham que jogos não valem a pena se os “perdem”.
(...) Claro que ganhar pode ser divertido, mais ainda do que perder. Mas se precisa vencer para provar quem é, então você perdeu toda a perspectiva sadia. Se o jogo se torna maior do que a vida, e você em vez de se divertir fica enraivecido, deprimido ou o que quer que seja, você vitimou a si mesmo. E, ironicamente, quanto menos ênfase puser em vencer, mais provável é que vença.

A atitude absurda de que derrotar os demais é que torna o jogo valioso, porém, tornou-se uma doença sendo sistematicamente propagada em nossa cultura. Para vencer, já vi treinadores dando a seus atletas pílulas energéticas em dias de jogo. Já vi jovens expostos ao ridículo mais absurdo e violento porque “deixaram de jogar” ou porque um pequeno descuido “custou-lhes o jogo”.

Só os perdedores é que precisam ganhar, uma vez que precisar ganhar implica que o indivíduo não poder ser feliz a menos que derrote alguém. Se não puder ser feliz sem derrotar outra pessoa, você está sendo controlado por essa pessoa, o que o transforma no perdedor final, uma vez que indivíduos controlados por outros são, psicologicamente, escravos.

Risque a palavra aposentadoria de seu vocabulário. Resolva que jamais vai aposentar-se, que quando deixar seu atual emprego continuará a ser produtivo e útil e que a vida será cheia de prazer.
(...) Se tem agora um emprego que o odeia e que o conserva apenas para cumprir os requisitos para obter mais tarde uma pensão, pergunte a si mesmo se quer que sua vida seja desperdiçada dessa forma infrutífera. (...) Você pode cair morto um momento depois de ter sacrificado toda sua vida a aposentadoria.

Acabe com essas tolas exigências a si mesmo de perfeição em tudo o que faz e de exigi-la também em seus entes amados. Permita-se o prazer de simplesmente fazer. Pinte um quadro apenas para se divertir. Não se preocupe em “não ser pintor” – simplesmente divirta-se pintando.

Todas as coisas que há no mundo existem independente de sua opinião sobre elas.
(...) O dia simplesmente é e, se você resolve rotulá-lo de péssimo ou não, isso não terá conseqüências para o próprio dia porque ele será exatamente o que é, qualquer que seja o rótulo que lhe queira dar.

Muitos dizem que o mundo é um lugar cruel. Pessoas que assim o dizem ignoram o fato de que o mundo em si não é cruel; ele simplesmente é.
(...) Você pode chamar o mundo do que quiser, e ficar perturbado com isso, mas ele simplesmente continuará a ser o que é. Uma maneira mais sensata de pensar, com base na realidade, seria: “Há coisas que quero mudar, e vou trabalhar nelas. A respeito das coisas que não posso mudar, e que me desagradam, deixarei de esperar que sejam diferentes, uma vez que minhas expectativas serão sempre refutadas e, com isso, me perturbarão”.

O mundo não avalia fatos, simplesmente serve de palco a eles.

Você peca apenas se acreditar que faz isso e todas as pessoas neste mundo podem julgar o “pecado” da maneira que quiserem.

A quarta-feira não se importa se você gosta dela ou não, continuará simplesmente a ser quarta-feira. Suas opiniões a tornam ruim somente para você.

Você tem que decidir por si mesmo não se seu comportamento é certo ou errado, mas se é eficaz ou ineficaz na perseguição de objetivos legítimos.

Quando criança fora repetidamente corrigido, com o resultado de que punira os pais tornando-se gago. A única coisa que eles não poderiam controlar era a sua maneira de falar.

Não há caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.

Quantas vezes você já ouviu pessoas falarem de cidades tediosas, acontecimentos chatos, lugares horríveis onde estar? A pessoa criativamente viva gosta de todos os lugares, uma vez que sua atitude é a seguinte: “Este é o lugar onde me encontro agora. Tanto posso gostar dele como não gostar e ser vitimado por minha contrariedade”.

Se está num lugar onde preferia não estar, mas do qual, por questão prática, não pode sair, como uma prisão ou uma reunião de comitê, de que adianta não gostar dele, se não tem a opção de ir para algum outro local?

Num restaurante, você acha que a qualidade da comida é insatisfatória e que o serviço foi medíocre.
Reação de vítima: Você dá ao garçom a gorjeta habitual e reclama da comida quando está de saída.
Reação de não-vítima: Você não dá a gorjeta e diz à gerência por que está insatisfeito.

Seu cônjuge inesperadamente muda seus planos, criando um caso para você:
Reação de vítima: Você muda seus planos e aceita o inconveniente.
Reação de não-vítima: Você continua com seus planos iniciais e nem mesmo considera o incidente como motivo de perturbação.

Você nota que alguém tenta arrastá-lo para a fossa em que se encontra.
Reação de vítima: Você ouve as queixas da pessoa e, no fim, sente-se tão deprimido quanto ela.
Reação de não-vítima: Você pede licença e vai embora, ou diz que, no momento, não está interessado em discutir assuntos tristes.

O condicionador de ar do seu hotel não está funcionando e isso o incomoda.
Reação de vítima: Você não diz coisa alguma porque não quer se incomodar.
Reação de não-vítima: Você insiste em que seja consertado imediatamente ou que lhe dêem outro quarto.

Numa entrevista para emprego fazem-lhe várias perguntas embaraçosas.
Reação de vítima: Você estrebucha, pede licença para sair, mostra medo, ou pede desculpa por estar nervoso.
Reação de não-vítima: Você responde com confiança e considera a perguntas como um esforço para intimidá-lo. “O senhor está perguntando isso porque quer observar minha reação, não porque esteja interessado realmente na resposta. Não há uma resposta clara”.

O médico diz que você precisa fazer uma operação, mas você sente algumas dúvidas e receios.
Reação de vítima: Você aceita a opinião dele e se submete à operação.
Reação de não-vítima: Você procura uma segunda e terceira opiniões de outros especialistas, antes de se deixar operar. Diz a seu médico que considera isso um procedimento padrão.

Você acha que merece uma promoção ou um aumento de rendimentos.
Reação de vítima: Você espera até que o chefe resolva fazer alguma coisa.
Reação de não-vítima: Você pede o que julga merecer, citando suas razões, sem demonstrar emoção ou pedir desculpas.

Um motorista de caminhão dá uma fechada em você na estrada.
Reação de vítima: Você fica furioso, esbraveja e tenta vingar-se, fechando-o
Reação de não-vítima: Você esquece o assunto e lembra que não pode controlar o comportamento de outro motorista.

Você se hospeda num hotel e o recepcionista dá a chave à um mensageiro, que vai acompanhá-lo até o quarto, para pegar uma gorjeta, mesmo que você não precise dos serviços dele.
Reação de vítima: Você fica calado e ele o acompanha porque você não quer se sentir embaraçado.
Reação de não-vítima: Você diz ao mensageiro que não precisa, mas, se ele insistir em acompanhá-lo, não lhe dá gorjeta.

Você vai dar uma festa e tem três dias para preparar tudo.
Reação de vítima: Você passa o tempo todo arrumando, preparando e preocupando-se se as coisas vão correr bem.
Reação de não-vítima: Você faz os preparativos mínimos necessários e simplesmente deixa que as coisas corram – nada de limpeza extra, de tratamento especial, apenas que as coisas aconteçam de forma relaxada.

Alguém passa a sua frente numa fila.
Reação de vítima: Você nada diz, deixa a pessoa passar a sua frente, fica furioso.
Reação de não-vítima: Você diz que não deixa ninguém passar à sua frente.

Alguém lhe tomou dinheiro emprestado e se esquece de pagar:
Reação de vítima: Você sofre com esse comportamento desatencioso, mas fica calado.
Reação de não-vítima: Você diz firmemente à pessoa que espera receber seu dinheiro de volta.

O cão de um vizinho ladra alto pela manhã e perturba seu sono.
Reação de vítima: Você fica na cama e se enfurece.
Reação de não-vítima: Você telefona para o vizinho e lhe diz que os latidos do cão o estão incomodando. Se ele não fizer coisa alguma para acabar com o barulho, você telefona toda vez que o cão latir. Se isso não funcionar, notifique a polícia e apresente queixa contra poluição sonora.

Na reunião final da compra de uma casa, você fica confuso com todos aqueles emolumentos ocultos, e acha que pode estar sendo vitimado.
Reação de vítima: Você fica calado, por receio de parecer ignorante, mas continua a se sentir explorado.
Reação de não-vítima: Você suspende a transação até que receba uma explicação completa que o satisfaça. Recuse-se a ser intimidado por sua própria ignorância.

Seu médico o mantém à espera de uma consulta, mesmo que você tenha chegado na hora marcada.
Reação de vítima: Você fica calado porque sabe como médicos são ocupados e importantes.
Reação de não-vítima: Você diz à ele o que acha de ser mantido à espera e pede redução do preço da consulta para compensá-lo pelo tempo perdido.

Cobram-lhe alguns tostões a mais de imposto de venda em sua compra no supermercado.
Reação de vítima: Você paga porque as pessoas podem pensar que você é um unha-de-fome por reclamar uma importância tão pequena.
Reação de não-vítima: Você paga apenas o que deve.

A temperatura sobe para 41°.
Reação de vítima: Você se queixa a todo mundo do calor terrível e sofre um bocado.
Reação de não-vítima: Você ignora o calor, recusa a falar o tempo todo sobre ele, e concentra-se em gozar o dia, em vez de queixar-se dele.

Você sente que vai ter um resfriado, gripe, cólicas, etc.
Reação de vítima: Você espera ficar inutilizado e prepara-se para o sofrimento. Conta a todo mundo o que vai acontecer e se queixa em voz alta e para si mesma, amargamente, do incômodo eminente.
Reação de não-vítima: Você deixa de pensar e falar em doença. Deixa de esperá-la e volta os pensamentos para viver a vida. Expulsa da mente pensamentos “doentes” e concentra-se em pensamentos “saudáveis”.

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