Crise financeira mundial destruiu 30 milhões de empregos
O FMI prevê, no seu último relatório, que os países da África Sub-Sahariana poderão crescer 5% em 2010 corrente e 5.5% em 2011
O director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, revelou ontem que a crise destruiu 30 milhões de postos de trabalho em todo o mundo. “O mundo perdeu 30 milhões de empregos por causa da crise mundial, e as estimativas para os próximos anos apontam para 400 milhões de empregos”, afirmou ontem o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), durante o Fórum Internacional do Desenvolvimento Humano, em Marrocos.
Segundo o mesmo responsável, citado pelas agências internacionais, “no quadro da nova globalização, a primeira prioridade é o emprego, a segunda prioridade é o emprego e a terceira prioridade é o emprego”.
Mais de 1 500 peritos internacionais que participam no evento ouviram Strauss-Kahn defender que é necessário intensificar a vigilância internacional dos mecanismos contra a crise, para evitar uma nova derrocada económica mundial.
“Já se fez muito, em termos de regulamentação, mas não a nível da supervisão internacional. E mesmo a melhor regulamentação do mundo de nada vale sem supervisão”, considerou o director-geral do FMI, assinalando que “os líderes do G20 disseram alto e em bom tom que reorganizariam o sector financeiro, mas, infelizmente, a realidade é mais complexa do que isso”.
Strauss-Kahn disse ainda que “o sistema não é tão frágil como antes da crise, ainda que nada garanta que dentro de cinco ou dez anos não possa voltar a descarrilar”.
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