METROPOLIS: O FATOR MARIA
Posted byMETROPOLIS: O FATOR MARIA
dom, 13 de fevereiro, 2011
O filme Metropolis, de Fritz Lang, possui como lema "O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração!", mas essa aparente ingenuidade esconde o verdadeiro leitmotif do filme, que é a manipulação. A falsa-Maria foi usada pra incitar os trabalhadores à violência, para que assim possam ser facilmente controlados pela força (sem o apoio da opinião pública). Outra manipulação que ocorre é a de Maria com a elite de Metrópolis, despertando os sentimentos mais mesquinhos deles e fazendo-os brigarem entre si por ela e até mesmo se matarem. E ainda temos a manipulação do manipulador, pois enquanto o Criador de Metrópolis (Joh Fredersen) acha que está manipulando a todos com a falsa-Maria, está sendo manipulado pelo cientista, que era quem "movia as cordas da marionete" e queria ver a decadência da cidade e do poder do Criador.Esse filme nos dá um retrato bem fiel das forças de manipulação as quais estamos submetidos. Por um lado temos o Estado, que é o Criador e provedor da nossa "Metrópolis". Temos também a elite, num jogo de influências que os leva a serem manipulados e manipuladores. No outro extremo temos o povo, que precisa trabalhar (e muito) não só pra sobreviver como pra sustentar a elite e o Estado, lá no topo da pirâmide social. E no meio disso está a tecnologia (as ciências, o materialismo, representado no filme como magia-negra por visar o egoísmo, a manipulação para o mal). É uma tecnologia que dialoga com os dois lados (alto e baixo) e que, se vocês viram minha palestra, reconhecerão essa tecnologia como a "mídia" (intermediário). E o que é nossa mídia senão um intermediário com interesses egoístas, a serviço de quem lhe garantir mais poder e status? Às vezes uma crítica é dirigida ao Estado ou às elites, outra vez um elogio, ao sabor dos intere$$es. Mas há uma tendência que transcende interesses imediatos, e cujo reflexo vemos nos mais diversos meios e países: a corrupção da sociedade. Basta ligar a TV e abrir os jornais para perceber o quanto a má conduta é valorizada, por vezes estimulada de forma ardilosa, travestida de crítica, ou minimizada com uma troça. Isso - aliado a um ensino com qualidade cada vez pior - vai transformando tanto a elite como os trabalhadores da nossa "Metropolis", de forma tão lenta que não percebemos quem na verdade "implantou" essas idéias em nossas cabeças, e a cada geração que passa vamos nos tornando mais e mais decadentes, mais e mais ignorantes, submissos ao poder e mas cada vez mais arredios aos nossos próprios amigos e familiares (a tal discórdia que Maria estava programada para causar), o que nos torna fracos como povo e manipuláveis como gado. E o verdadeiro rosto dessa mídia ninguém vê (assim como o cientista do filme), apenas podemos perceber sua criação (a falsa-Maria).
(Joh Fredersen)
Temos um exemplo perfeito de uma Maria "completa" aqui mesmo, no Brasil. Por ironia do destino ela se chama mesmo Maria e em algum momento (após conquistar a confiança de toda uma geração de pais e adultos) ela passou e despejar diariamente na cabeças das crianças tudo o que não presta, como sensualizar precocemente meninas de 7 anos com Funk (e suas letras terríveis pra crianças) e axé (eu VI com meus próprios olhos uma "brincadeira" do programa dela onde uma menina de 5 a 7 anos com uma daquelas malhas de rapar... digo, dançarina de Axé era incentivada a "descer na boquinha da garrafa"). Parabéns, Maria (ou falsa-Maria?), a serviço das gravadoras você criou e nutriu uma geração de "cachorras" e futuras mães solteiras e homens que acham o máximo tratar mulher como "cachorras", "ordinárias" e com uma sexualidade baseada em "um tapinha não dói". Nossa Maria é o mais perfeito exemplo da Maria do Metropolis, pois depois de agir como a besta babilônica por tanto tempo a Maria verdadeira(?) conseguiu de alguma forma se libertar e hoje é vista como uma pessoa "do bem", cujo passado parece ter sido escrito por outra pessoa. Mas não é que eventualmente surgem umas recaídas? Hummm...
Entretanto a eterna "boneca-robô" a serviço da manipulação dos poderosos será sempre Marilyn Monroe, uma criação a serviço da lascividade (imagem que ela mesma tentou se desvencilhar depois de um infeliz casamento, mas que a mídia continuou a explorar) que depois foi usada por Edgar Hoover (e pela Máfia) contra os Kennedy, acabando ela mesma uma vítima das circunstâncias em uma morte misteriosa. No seu "clipe" mais famoso podemos ver a alimentação do estereótipo da loura burra mas coberta de jóias. Esse é o pai de diversos clipes que homenageiam diretamente essa cena e esse estereótipo, de "Material Girl" a "My humps":
No minuto 4:43 vemos que mulheres são usadas como candelabro. Uma bela "inception" visual da mulher-objeto, não acham?
Outro exemplo de "boneca-robô" é Madonna, que não esconde as raízes da criação do seu personagem. No clipe "Material Girl" é possível ver a homenagem (descarada) a Marilyn Monroe e uma mais discreta à falsa-Maria de Metropolis, na cena abaixo:
Em Metropolis essa é a cena em que a falsa-Maria surge como a representação da prostituta babilônica do Apocalipse
LADY GAGA
Seria um alerta de que ela não é o que parece?
"Dê-me 24 horas, e ninguém, Joh Fredersen, ninguém poderá distinguir o Homem-Máquina de um mortal qualquer!"
(Rotwang)
A da esquerda é a Maria verdadeira. Ah, e a falsa usa delineador! :)
Coincidência demais pra ser ignorado
Lady Gaga, Christina Aguilera e Beyonce, entre outras (e outros!)
Homem: Escove, escove, escove bem, Candy. O que você pretende com isso?
Gaga: Tenho escovado por horas, só pra ter certeza de que se foi.
Homem: Eu posso dizer honestamente que você perdeu sua mente (trocadilho com "está louca", em inglês).
Gaga: Não, eu sei exatamente onde ela está.
Homem: Sério?
Gaga: Na barriga (ventre*) dele, é claro.
Homem: Ele deixou algo para trás.
Gaga: Uma máquina, o centro da cidade. Eu estava com medo a princípio - pensei. Pop comeu meu coração, e engoliu meu cérebro.
Homem: O que sobrou pra você pensar em viver?
Gaga: Eu pensei...
Homem: Você pensou...
Gaga: A Fama.
Esse é apenas um. Em outros dois temos ela falando como perdeu o coração e o rosto, para se tornar o que é hoje: uma máquina.
* Em Metropolis a máquina central, que abastece a cidade de energia, é comparada a Moloch (o "falso-deus" da Bíblia, amplamente adorado pelos fenícios). Moloch tinha cabeça de touro e corpo de homem, e os sacrifícios a ele (geralmente crianças) eram feitos com a vítima sendo jogada no "ventre da besta". No filme o sacrifício dos trabalhadores, muitos morrendo nas panes das máquinas ou de exaustão, é o sangue derramado em sacrifício a Moloch, o sacrifício pelo dinheiro dos poderosos.
CONCLUSÃO
Espero que estejam acompanhando meu raciocínio e percebendo que Madonna, Lady Gaga e seus clones não são o demônio como muitos sites sugerem, apenas pessoas que venderam sua alma em troca da fama, uma "atriz" cumprindo a função da falsa-Maria na vida real, ou seja, corromper/lobotomizar a sociedade (muito provavelmente em vistas a um projeto de controle mental inspirado pelo Monarch ou MK Ultra). E fazem isso tão claramente que se permitem soltar pistas de seu papel, só por diversão.Eu não levo muito a sério essa conexão que fazem do mundo pop com os Illuminati por vários motivos. Não vejo como plausível esse negócio do olho ser o "Olho que tudo vê" (acaso esse olho usa rímel?) nem o "Olho de Hórus" (além de não parecer, todos os sites dizem que ele é "demoníaco", quando sabemos que não é). Os símbolos maçônicos aparecem no mundo pop, isso é inegável, mas não consigo imaginar uma conspiração maçônica em escala global (tipo Nova Ordem Mundial), como querem os sites. A escala e o escopo de tal organização seria impossível de gerenciar, sem falar que a mesquinharia de seus integrantes (na busca pelo poder indiscriminado) acabaria levando ao seu colapso interno. Nem sequer creio numa organização tipo "doctor evil" chamada "os Illuminati". Mas há indícios sim de haver, nos EUA, um grupo muito reduzido de pessoas que controlam economia, mídia e política, que usa a maçonaria e outros grupos fechados como ponto de contato entre eles (imagine uma cebola com várias camadas) e os níveis exteriores, para que quem executa o trabalho não tenha idéia dos interesses por trás da direção que eles fazem a sociedade tomar (o plano completo). É assim (creio eu) que os símbolos maçônicos (junto com coisas satanistas) aparecem na mídia, como um "boi de piranha" pra despistar os investigadores menos atentos. Enquanto pensarem que o demônio tomou o corpo da Lady Gaga é muito bom pro grupo que controla em silêncio não só ela como as emissoras de TV, os jornais, revistas, sites, etc, manipulando pessoas menos espalhafatosas pra propagar suas mensagens (e interesses) de forma sub-reptícia.
Não que os Illuminati não existam como figura psicológica (alguns usariam erroneamente o termo "arquétipo"). Pessoas que se encaixam no perfil de um grupo secreto que confabula para guiar os rumos da nossa vida por trás dos "líderes de fachada" existem aos montes, e podemos ver isso nas famílias, trabalhos, política, religião, etc. Só não acho que eles façam parte de um grande grupo central que remete aos Illuminati da Baviera, até porque cada um tem seus próprios interesses (que é sempre lascar os outros).
Infelizmente temos a péssima tendência a jogar toda a nossa incapacidade de mudar nosso futuro nos outros, como forma de consolo. É a sombra, que sempre são os outros, representada por uma maquinação mesquinha que nos prejudica no trabalho, nos negócios, na política, vinda de um grupo escondido em algum lugar, tramando contra nós. Na Grécia antiga tínhamos a luta contra as potestates. Na Idade Média tínhamos os demônios e bruxas pra ser o bode espiatório. Depois os maçons. Depois tivemos os judeus pra pagar o pato. No espíritismo temos sempre os "trevosos" pra culpar por qualquer deslize. Hoje temos os reptilianos e os Illuminati pra botar a culpa. Precisamos estar atentos às manipulações e não nos deixarmos levar por quem quer que seja, sem antes passar pelo crivo da razão, porque de um lado temos a dissolução planejada pela mídia de nossa base familiar, com novos "valores" sendo pregados como "cada um por si", "consuma sem pensar no amanhã" e degradação moral que nos afasta dos amigos, dos vizinhos, dos valores sociais, e do próprio respeito às leis que garantem um bem viver; A reação a isso é um radicalismo religioso ou esotérico que prega uma rejeição ao mundo e a quem faz parte do mundo e não pensa como você (os "eleitos" e os "perdidos"), que é também uma forma de aleijar nossa sociedade e facilitar o trabalho dos trevosos e dos grupos que pretendem nos controlar como gado.
Don't tell me there's no hope at all
Together we stand, divided we fall
(Hey you; Pink Floyd)
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